sábado, 7 de setembro de 2013

Jaguar: A revista do Velho Lobo (2)

Jaguar: A revista do Velho Lobo (2)

Na semana passada publicamos o começo do projeto de uma revista semanal bolada pelo Fausto Wolff e hoje continuamos

O DIA
Rio - Na semana passada publicamos o começo do projeto de uma revista semanal bolada pelo Fausto Wolff. Hoje continuamos. “Tiragem: em princípio 50 mil exemplares para que se possa cobrir o custo do produto com publicidade. Composição empresarial: uma sociedade por ações (devemos ter alguns amigos ricos, pois não?) com cinco sócios-diretores: administrativo, comercial, industrial e de circulação, além de um conselho editorial formado por Ziraldo, Jaguar, Millôr e Fausto Wolff.
O diretor administrativo dirigiria a revista como um empresa, com todas as implicações inerentes ao cargo; o diretor comercial se encarregaria de lançamento, promoção, publicidade e assinaturas; o diretor industrial seria responsável pela revista após o seu fechamento, responsabilizando-se por toda a parte gráfica. O diretor editorial se encarregaria de providenciar, selecionar e editar textos e ilustrações. Finalmente, o diretor de circulação seria alguém ligado à distribuição de jornais e revistas, garantindo, portanto, que a publicação chegue na hora certa aos locais certos.
Conselho editorial: além de colaborar semanalmente, teria a função de delinear o pensamento, a filosofia, a linha editorial da revista, além de sugerir mudanças e propor novas ideias. Mercado: 60% Rio de Janeiro em princípio, 20% São Paulo e 20% nas principais bancas das capitais e grandes cidades brasileiras. Filosofia: uma vez que todos já passamos há muito dos 50 e estamos começando a revisar as nossas vidas, parece-me que a filosofia da revista deveria ser de indagação e, principalmente, de indignação moral. Afinal, estamos neste país e neste mundo apenas para enriquecer? O ser humano é somente um grande canalha, como parece, ou é parte de um projeto maior, mais humano, onde a cordial fraternidade substitua a ganância e o individualismo mercantil?
Características: Nossa revista será antiestablishment, antimediocridade ambiente. Para tanto, terá que ser extremamente bem escrita, diagramada e ilustrada. Deve marcar sua presença no mercado no primeiro número pela imparcialidade e honestidade.” (Nota do Jaguar: na ótica do pragmatismo cínico de hoje soa pateticamente ingênuo). “Por exemplo, um artigo dissecando recente manchete do JB: ‘Elite vê com otimismo o futuro do Brasil’. Que elite? Que futuro? Que Brasil? O que é bom para as elites é bom para o povo?” (Na próxima semana, o final da aula do professor Wolff).
    Tags: Opinião , Jaguar

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