Editorial: Fraquezas, liberdade e segurança
É justo, neste patriótico 7 de Setembro, indignar-se com os recentes detalhes da espionagem norte-americana sobre o Brasil
Rio - É justo, neste patriótico 7 de Setembro, indignar-se com os recentes detalhes da espionagem norte-americana sobre o Brasil. As paradas militares e as manifestações marcadas para hoje estimulam ainda mais o orgulho pelo país — ferido com a funesta arapongagem de Obama, com tentáculos que devassam tudo o que é eletrônico. Infelizmente, bisbilhotice não é algo inédito na história da humanidade. Algumas delas levaram a incidentes diplomáticos, mas o grosso lamentavelmente é relevado.
O ex-presidente Lula acertadamente sugeriu que o governo brasileiro dê “um ‘guenta diplomático’ no Obama”. Mas esta não deve ser a única questão na qual o país deve empreender esforços. A vigilância virtual preocupa, mas mais urgente é testar a integridade e a segurança dos bancos de dados. Esta semana invadiram-se sem muito esforço sites e contas do Twitter de instituições públicas e privadas. Ataques semelhantes conseguem fazer estrago lá fora; aqui, que dano poderiam causar?
O governo está certo em pedir pressa para desenvolver plataforma própria de comunicações — pois não é muito diplomático outro governo monitorar os passos virtuais de um chefe de Estado. Deve, porém, aproveitar o ensejo para checar as proteções e ferramentas de contenção.
Basta olhar, por exemplo, para a tibieza das linhas de transmissão de energia, que põe dezenas de estados no breu na menor das ocorrências; ou a precária vigilância das fronteiras, por onde ainda passam armas e drogas. Fragilidades que não podem servir de modelo para a segurança da tecnologia da informação.
O ex-presidente Lula acertadamente sugeriu que o governo brasileiro dê “um ‘guenta diplomático’ no Obama”. Mas esta não deve ser a única questão na qual o país deve empreender esforços. A vigilância virtual preocupa, mas mais urgente é testar a integridade e a segurança dos bancos de dados. Esta semana invadiram-se sem muito esforço sites e contas do Twitter de instituições públicas e privadas. Ataques semelhantes conseguem fazer estrago lá fora; aqui, que dano poderiam causar?
O governo está certo em pedir pressa para desenvolver plataforma própria de comunicações — pois não é muito diplomático outro governo monitorar os passos virtuais de um chefe de Estado. Deve, porém, aproveitar o ensejo para checar as proteções e ferramentas de contenção.
Basta olhar, por exemplo, para a tibieza das linhas de transmissão de energia, que põe dezenas de estados no breu na menor das ocorrências; ou a precária vigilância das fronteiras, por onde ainda passam armas e drogas. Fragilidades que não podem servir de modelo para a segurança da tecnologia da informação.
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