Prefeitura fecha os portões e causa revolta em professores durante protesto
Advogado do Sepe está na Justiça para derrubar liminar do município que multa em R$ 200 mil instituições da rede municipal e em R$ 300 mil da rede estadual
Rio - Cerca de 400 profissionais da educação participam de mais um ato em frente à Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, desde às 10h da manhã desta sexta-feira. Diferente dos outros protestos que vem ocorrendo desde agosto, desta vez os portões foram fechados, impedindo a entrada dos professores e impossibilitando o acesso ao banheiro. A medida causou revolta entre os participantes. Uma barreira de guardas municipais foi formada para reforçar a segurança.
Vários professores estão questionando o fechamento dos portões. A professora Ana Cristina Landi está indignada com a atitude, já que o ato segue pacífico desde o começo. "Nos estamos questionando o porquê do portão estar fechado. Perguntamos aos guardas qual é a portaria que determina isso. Nós, professores, não fazemos mal a ninguém e todos sabem disso. Não há motivos para isso", disse.
Por volta das 11h25 uma comissão do Sepe entrou no prédio da Prefeitura para tentar uma negociação com o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira. Os integrantes tentam reivindicar reajuste salarial de 19% para reposição de perdas salariais; um terço da carga horária para atividades extracurriculares, previsto em lei, e concurso público para a contratação de professores e funcionários administrativos.
O advogado do Sepe está no Tribunal de Justiça do Rio para tentar derrubar a liminar obtida pelo município, que estabelece multas diárias à entidade (R$ 200 mil no caso do município e R$ 300 mil em relação ao estado), caso professores e funcionários não voltarem ao trabalho.
O prazo dado pela Justiça para que os profissionais do estado retomem suas funções terminou nesta quinta e do município se encerraria nesta sexta-feira. Mas, o sindicato da categoria entrou com um recurso e por problemas técnicos os integrantes não puderam cadastar o pedido. A Justiça adiou o prazo para a próxima segunda-feira.
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