Marcos Espínola: Fora da linha
Os mais antigos, quando utilizavam o termo ‘andar fora da linha’, se referiam à postura de uma pessoa perante outros cidadãos e a sociedade em geral
Rio - Os mais antigos, quando utilizavam o termo ‘andar fora da linha’, se referiam à postura de uma pessoa perante outros cidadãos e a sociedade em geral. No entanto, em pleno século 21, o termo nunca esteve tão atual e, ironicamente, pode ser empregado na realidade do transporte ferroviário no Rio.
A bagunça e a incompetência tanto da concessionária responsável pela operação quanto do poder público são uma afronta ao direito de ir e vir dos milhares de passageiros que dependem desse meio de transporte para se locomover. Um desrespeito irreparável e que merece um ponto final.
Segundo a própria empresa, responsável pela concessão da malha ferroviária do Rio desde 1998, cerca de 570 mil pessoas circulam diariamente nas 670 composições, pelos oito ramais e 102 estações. E com um detalhe: mais de 50% dessas composições não são refrigeradas. Não é preciso muita conta para entender que se trata de um negócio lucrativo, não justificando o descaso na manutenção dos ramais e dos vagões, que em sua boa parte se encontram em péssimas condições, muito velhos e cheios de remendos.
Sucessivos problemas têm levado a população ao limite do estresse. A cada dia é um problema diferente, em pontos distintos, expondo os passageiros, de todas as idades, a situações esdrúxulas e de alto risco. Não são raras as cenas de pessoas caminhando pelos trilhos, sujeitas a todo tipo de perigo.
Enquanto isso, autoridades trocam acusações, mas, efetivamente, não resolvem o problema, que vem de longa data. E nesse aspecto, a velha e peculiar impunidade brasileira também se faz presente, pois até as multas aplicadas à concessionária não são pagas integralmente. Quem paga mesmo essa conta é o povo, tratado com tamanha indiferença. Uma vergonha para a cidade olímpica.
Advogado criminalista
A bagunça e a incompetência tanto da concessionária responsável pela operação quanto do poder público são uma afronta ao direito de ir e vir dos milhares de passageiros que dependem desse meio de transporte para se locomover. Um desrespeito irreparável e que merece um ponto final.
Segundo a própria empresa, responsável pela concessão da malha ferroviária do Rio desde 1998, cerca de 570 mil pessoas circulam diariamente nas 670 composições, pelos oito ramais e 102 estações. E com um detalhe: mais de 50% dessas composições não são refrigeradas. Não é preciso muita conta para entender que se trata de um negócio lucrativo, não justificando o descaso na manutenção dos ramais e dos vagões, que em sua boa parte se encontram em péssimas condições, muito velhos e cheios de remendos.
Sucessivos problemas têm levado a população ao limite do estresse. A cada dia é um problema diferente, em pontos distintos, expondo os passageiros, de todas as idades, a situações esdrúxulas e de alto risco. Não são raras as cenas de pessoas caminhando pelos trilhos, sujeitas a todo tipo de perigo.
Enquanto isso, autoridades trocam acusações, mas, efetivamente, não resolvem o problema, que vem de longa data. E nesse aspecto, a velha e peculiar impunidade brasileira também se faz presente, pois até as multas aplicadas à concessionária não são pagas integralmente. Quem paga mesmo essa conta é o povo, tratado com tamanha indiferença. Uma vergonha para a cidade olímpica.
Advogado criminalista
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