Coronel Ustra afirma que Dilma 'participou de quatro organizações terroristas'
Militar reformado presta depoimento e diz que lutou pela 'democracia e contra o comunismo'
“Todas as organizações terroristas, em todos os seus estatutos, está lá escrito claramente que o objetivo final era a implantação de uma ditadura do proletariado”, afirmou. “Inclusive nas quatro organizações terroristas que nossa presidenta da República participou. Ela participou de quatro organizações terroristas que tinham isso, de implantar o comunismo".
Brilhante Ustra participou e comandou seções de tortura ao jornalista Luiz Eduardo Merlino, na ditadura militar | Foto: Reprodução Internet
Ustra disse que não estaria falando à Comissão da Verdade se o Brasil tivesse em um regime comunista. "Estávamos lutando pela democracia e estávamos lutando contra o comunismo. Se não fosse a nossa luta, se não tivéssemos lutado, eu não estaria aqui porque eu já teria ido para o paredón".
Ustra obteve na Justiça autorização para ficar calado durante o depoimento, e foi isso que fez. Perguntado sobre como eram os instrumentos de tortura e que frequência eram usados, o coronel reformado disse que não iria responder. “Está tudo escrito no meu livro, não vou responder”, disse. "Agi com consciência, agi com tranquilidade, nunca ocultei cadáver, nunca cometi assassinatos, sempre agi dentro da lei e da ordem".
Cadáveres como troféus
Ustra foi chefe do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do II Exército, órgão de repressão política durante o regime militar, de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974.
A presidente Dilma Rousseff integrou, nos anos 1960, as organizações clandestinas Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), que combatiam a ditadura militar.
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