Após 10 anos das mortes, Chacina do Borel segue impune
Protesto lembrou os dez anos do assassinato de quatro moradores do morro da Tijuca, baleados durante operação da Polícia Militar. Até hoje ninguém foi punido
Para Maria Dalva da Costa Correia, mãe de Thiago da Costa Correia da Silva, um dos assassinados, a principal função do protesto foi recordar que nenhum dos policiais envolvidos foi punido.
Parentes e vizinhos dos mortos estiveram na manifestação deste sábado | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Além de parentes e amigos das vítimas da chacina, estavam entre as cerca de 70 pessoas presentes representantes da Anistia Internacional e de ONGs como a Justiça Global e a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência. O protesto também contou com a participação de parentes de vítimas de casos violência policial ocorridos em outras favelas do Rio.
O CRIME
Na tarde de 16 de abril de 2003, Carlos Alberto da Silva Ferreira, pintor, 21 anos; Carlos Magno de Oliveira Nascimento, estudante, 18; Everson Gonçalves Silote, taxista, 26; e Thiago da Costa Correia da Silva, mecânico, 19, foram baleados na cabeça, tórax, braço e antebraço. De acordo com laudo cadavérico, eles morreram devido a disparos efetuados à queima roupa pelos policiais. Os ferimentos nos braços indicam que tiveram o instinto de se defender.
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