sexta-feira, 5 de julho de 2013

Depois de Alves, Renan admite ter usado avião da FAB

Depois de Alves, Renan admite ter usado avião da FAB

Presidente do Senado se nega a pagar pela viagem

O DIA
Brasília - Dois voos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) com os presidentes da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abrem polêmica nacional. Enquanto Alves já sinalizou que vai devolver aos cofres públicos R$ 9 mil referentes às despesas de parentes que viajaram com ele ao Rio, Calheiros se nega a ressarcir o Erário por ter usado a aeronave oficial.
Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também usou avião militar para fins particulares
Foto:  Divulgação
O presidente do Senado admitiu ter usado com a esposa avião da FAB, no dia 15, para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso, na Bahia. Mas negou negou irregularidade no ato.
Como justificativa, ele afirmou que, como presidente do Senado e, como chefe de Poder, tem direito, mesmo que a viagem não seja oficial. “Fui convidado como presidente do Senado, fui cumprir um compromisso como presidente do Senado”, explicou-se, apesar de na agenda do senador não constar compromisso em 15 de junho.
Renan citou as viagens de Dilma Rousseff, afirmando que nem todas são “a serviço”, mas mesmo assim a presidenta tem a prerrogativa de utilizar o avião oficial.
Pela legislação em vigor, aviões da FAB podem ser requisitados por autoridades por “motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente”.
Apesar do decreto com as normas, Renan disse que não cabe à Força Aérea determinar o que as autoridades podem, ou não, fazer, mas sim à legislação.
“A FAB não pode dizer (o que não pode). Nós é que temos o que dizer para a FAB. O transporte é em função da chefia do poder, da representação”, afirmou.
Bando leva R$ 100 mil de assessor
O presidente da Câmara terá que se explicar sobre outro assunto intrigante: o roubo a um de seus assessores que portava R$ 100 mil em dinheiro dentro de uma mala. O ataque ao secretário de Henrique Alves está sendo investigado pela Polícia. O crime chama a atenção dos investigadores pela quantidade de dinheiro envolvido. O diretor da polícia do DF, Jorge Xavier, disse que dois homens armados de revólveres interceptaram o Ômehga de Wellington Ferreira da Costa, 53 anos, que trabalha no gabinete de Alves. O assalto ocorreu dia 13, por volta das 13h30. No Ômega, estavam a mulher do secretário parlamentar e a filha dele. Os criminosos desceram sem encobrir o rosto e se identificaram como policiais civis. Em seguida, revistaram o veículo e encontraram a maleta com o dinheiro.



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