Rio -  No dia em que o Rio de Janeiro fez 448 anos, a presidenta Dilma Rousseff aproveitou a data para reafirmar sua ligação com a cidade e sua parceria com o governador Sérgio Cabral e com o prefeito Eduardo Paes. De manhã, ao lado de Cabral, do vice-governador Luiz Fernando Pezão e do ministro da Defesa, Celso Amorim, foi à vizinha Itaguaí, inaugurar a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), onde serão feitos quatro submarinos convencionais e um com propulsão nuclear.
À tarde, com o prefeito Eduardo Paes e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, incorporados à comitiva, a presidenta inaugurou o Hospital Municipal Evandro Freire, naIlha do Governador.
Com Alexandre Padilha, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, Dilma conheceu as instalações do hospital | Foto: Divulgação
Com Alexandre Padilha, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, Dilma conheceu as instalações do hospital | Foto: Divulgação
Lá, o tom técnico da inauguração da manhã deu lugar ao discurso político, e Dilma fez questão de destacar a parceria com o governador Sérgio Cabral e com o prefeito Eduardo Paes, que são do PMDB. Ela classificou o trabalho conjunto como fundamental para garantir uma boa gestão pública.  O tom político subiu à noite, na inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá.
Em discurso, Dilma fez questão de citar Cabral e Pezão; “Quero cumprimentar meu querido Pezão, que sempre foi um grande parceiro”, afirmou a presidenta, que empolgada, puxou um parabéns para a Cidade do Rio, disse que o Brasil está se transformando em país de classe média e que o Museu servirá ao povo do Rio, que, ao contrário do que a elite supõe, entende de cultura.
O prefeito ressaltou a inauguração do MAR como um sinal de renascimento da zona portuária. E disse que o Museu é resultado da criatividade dos cariocas e da parceria dos governantes.

Sérgio Cabral também destacou a parceria e disse que o MAR é simbólico, do ponto de vista administrativo, como exemplo de integração dos governos municipal, estadual e federal.
País dominará a tecnologia
Cada submarino convencional, com motor diesel-elétrico, construído em Itaguaí custará ao país, em média, R$ 1 bilhão. Já o custo do com propulsão nuclear chegará a R$ 4 bilhões.
A fabricação de submarinos de propulsão nuclear é dominada por cinco países: China, Estados Unidos, França. Inglaterra e Rússia. E Dilma lembrou que, com a fábrica em Itaguaí, o Brasil entra no “seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
A produção dos submarinos vai gerar nove mil empregos diretos e 32 mil indiretos e permitir ao Brasil dominar a tecnologia. “Se formos eternamente dependentes daquilo que nos fornecerem, não teremos nossa autonomia”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim.
O primeiro submarino convencional ficará pronto em 2015 e entrará em operação em 2017. Os outros serão entregues a cada um ano e meio. O de propulsão nuclear será concluído em 2023 e passará por dois anos de testes.  
Reportagem: Chistina Nascimento, Constança Rezende e Patrícia Teixeira