Rio -  O fumo é considerado pelo Ministério da Saúde um problema sério de saúde pública. Isso porque a Organização Mundial de Saúde aponta que cerca de cinco milhões de pessoas morrem por ano, vítimas do uso de tabaco. E o mais preocupante: o câncer de pulmão é a causa mais importante de mortalidade em homens desde os anos 1960, se igualando ao óbito pelo câncer de mama em mulheres.
Número de mortes em homens por câncer de pulmão é equivalente ao de mulherer com câncer de mama, diz estudo | Foto: Reprodução Internet
Número de mortes em homens por câncer de pulmão é equivalente ao de mulherer com câncer de mama, diz estudo | Foto: Reprodução Internet
O artigo recentemente publicado na revista, da ESMO - Sociedade de Oncologia Europeia, Novas Diretrizes para o Tratamento de Câncer de Pulmão na Europa, traz uma mudança de paradigma no tratamento dos pacientes com câncer de pulmão. Nele, o diretor médico do Grupo COI, Mauro Zukin, referência no trabalho desenvolvido no Brasil, assinala que nos países desenvolvidos o câncer de pulmão começou a diminuir nos homens. A boa notícia é que os números refletem a diminuição no ato de fumar. E a má: as taxas de mortalidade de mulheres estão se aproximando dos homens.
O estudo aborda o tratamento em pacientes “frágeis” e aponta também que o tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, responsável por 80% dos casos. Nos países da União Europeia, a expectativa é de que em 2012 aumente o número de mortes por câncer em mulheres.
O tabagismo é apontado como a segunda causa de morte na população mundial e está também associado à morte por diversos tipos de câncer, doença coronariana e cerebrovascular, entre outras. Mas sim, é possível que o câncer seja desenvolvido em pessoas que não fumam. A prevalência em mulheres representa 19% em comparação com 9% em homens.
É olhando esse perfil de pacientes que o Grupo COI oferece uma gama de terapias de prevenção. A Clínica de Tratamento do Tabagismo é composta por profissionais especializados e já na primeira consulta é avaliado o nível de monóxido de carbono no pulmão. Com o mapeamento do horário de fumo relacionado à atividade do paciente, é possível sensibilizá-lo a parar de fumar.