Rio -  Pacientes que dependem de hospitais públicos na Zona Oeste tiveram esta semana uma boa e uma má notícias. Ontem, a Secretaria Municipal de Saúde inaugurou a nova emergência no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Mas, na segunda-feira, foram fechados os serviços de ginecologia e cirurgia geral do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, em Curicica, segundo informou ontem o Conselho Regional de Medicina doRio de Janeiro (Cremerj).
Emergência do Lourenço Jorge tem sete leitos e um novo tomógrafo | Foto: Divulgação
Emergência do Lourenço Jorge tem sete leitos e um novo tomógrafo | Foto: Divulgação
A emergência da Barra conta, segundo a secretaria, com sete leitos. O investimento foi de R$ 300 mil e as obras permitirão que vítimas de trauma passem por exames físicos e sejam rapidamente encaminhadas para os setores adequados. Além disso, o hospital tem um tomógrafo de última geração, mais eficiente e menos invasivo, cujo valor é de R$ 1,4milhão. “Nosso objetivo é otimizar o atendimento nos hospitais que recebem os casos de alta complexidade”, explica o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.
Na unidade de Curicica, os setores fechados apresentavam problemas de recursos humanos e infraestrutua. Segundo o Cremerj, os médicos do hospital só foram avisados do fechamento da ginecologia e da cirurgia após questionarem o motivo pelo qual pacientes estavam sendo impedidos de entrar nos setores.
O temor agora é de que todo o hospital seja desativado. Segundo o corpo clínico, a unidade, com 45 leitos, é responsável pelo atendimento ambulatorial de seis mil pacientes. “A falta de recursos humanos é um problema generalizado que não se resolve com o fechamento de serviços, e sim com a contratação de médicos com salários dignos”, afirma Pablo Vazquez, secretário-geral do Cremerj. “Eles querem privatizar a saúde, o que é um absurdo”.