Rio -  Em quatro anos, a vida de Gabi mudou completamente. A mineirinha que praticou tênis durante oito anos deixou a raquete para trás e resolveu investir nas quadras de vôlei, aos 14 anos. A mudança deu certo: Gabi despontou pelo Mackenzie, de Belo Horizonte, ganhou uma chance na Unilever, sob o comando de Bernardinho, virou titular da equipe do Rio e, domingo, disputa a sua primeira final de Superliga.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Gabi é uma das armas da Unilever | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Ela entrará em quadra diante do Sollys/Nestlé, de Osasco, no ginásio do Ibirapuera, na nona final seguida entre os times carioca e paulista.

“Em quatro anos, teve Seleção, Superliga, a ida para o Rio para trabalhar com Bernardinho... Estou tentando aproveitar ao máximo, por mais que tenha acontecido tudo muito rapidamente. Estou conseguindo pegar uma bagagem muito boa, tentando aprender cada vez mais. Agora, tenho essa oportunidade de jogar a primeira final. Estou realizando um sonho e quero buscar esse título”, afirma Gabi, hoje com 18 anos.

Antes do vôlei, a mineira jogou tênis, influenciada pelo pai, Daniel, e pelos irmãos, Gustavo e Guilherme.

“Meus irmãos jogam dupla até hoje. Eu adorava. Não sabia se eu iria me tornar profissional. Cheguei a competir, mas quando eu ia começar a disputar os campeonatos para me profissionalizar, já tinha migrado para o vôlei”, recorda Gabi.

A raquete ficou para trás, mas a jovem ponteira não abandonou a paixão pelo tênis.

“Sou muito fã do Federer e acompanho os torneios. Sempre que posso estou assistindo aos jogos”, conta ela, referindo-se ao tenista suíço Roger Federer.

Mas a sua vida agora é nas quadras de vôlei e Gabi não esconde a expectativa pela primeira final de Superliga.

“Não tem jeito. Bate uma ansiedade mesmo. Minha família estará na final em São Paulo e eles estão até mais nervosos do que eu”, brinca a jovem ponteira.

Gabi aproveita titularidade

Em sua primeira temporada pela Unilever, Gabi virou titular da equipe carioca após a lesão da americana Logan Tom, vice-campeã olímpica em Londres (2012), ainda na fase classificatória. E a jovem ponteira tem dado conta do recado na Superliga.

“Tento não levar como uma pressão porque ela já existe. Lógico que penso em fazer o meu melhor e jogar muito bem. A Unilever sempre chega às finais e está buscando o título. Mas as meninas me passam muita tranquilidade e não botam pressão. Por isso, fico tranquila”, afirma Gabi.

Com apenas 18 anos, a ponteira se mudou para o Rio depois que o técnico Bernardinho conversou com seus pais.

“Não sei exatamente o que o Bernardo falou, mas depois disso, minha mãe liberou a ida para o Rio e ficou tudo tranquilo”, brinca Gabi.