Culpados por tragédia com ônibus em junho longe do tribunal
Polícia Civil ainda não concluiu inquérito sobre o acidente de ônibus que deixou cinco mortos e 30 feridos na Avenida Brasil, altura do Caju, no ano passado
A tragédia tem roteiro similar e poderia ser confundida com o caso da linha 328, que caiu do Viaduto Brigadeiro Trompowski na última terça-feira, mas aconteceu em 12 de junho do ano passado com um coletivo da linha 484, no Caju.
O roteiro daquele acidente é mais um a reforçar uma peculiaridade dos acidentes de trânsito: a demora na solução dos casos. Nem a investigação foi concluída.
Coletivo da linha 484 (Olaria-Copacabana) invadiu ponto de ônibus, matando cinco e ferindo 30 |Foto: Osvaldo P´raddo / Agência O Dia
O inquérito encaminhado pela 17ª DP (São Cristóvão) ao Ministério Público não foi aceito porque os depoimentos colhidos foram considerados insuficientes.
Relatos de mais envolvidos foram solicitados, assim como o detalhamento dos quadros clínicos das vítimas. A delegacia promete finalizar o inquérito em breve. Parentes dos cinco mortos e 30 feridos clamam por punição aos culpados.
André Navarro, demitido por justa causa (mesmo alegando que problemas mecânicos colaboraram para o acidente), também não teve qualquer assistência da Viação City Rio, que hoje prefere não se pronunciar.
Relatos de mais envolvidos foram solicitados, assim como o detalhamento dos quadros clínicos das vítimas. A delegacia promete finalizar o inquérito em breve. Parentes dos cinco mortos e 30 feridos clamam por punição aos culpados.
André Navarro, demitido por justa causa (mesmo alegando que problemas mecânicos colaboraram para o acidente), também não teve qualquer assistência da Viação City Rio, que hoje prefere não se pronunciar.
O motorista André Navarro foi demitido após subir calçada no Caju | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
“Desde que André foi demitido, passamos dificuldades financeiras. Até hoje ele faz acompanhamento psicológico. O trauma deixou sequelas”, diz Fátima Navarro, esposa do motorista.
Agonia similar vivem familiares e amigos dos sete mortos e nove feridos internados pelo acidente com a linha 328 que, ironicamente, tem um motorista de mesmo nome. Ele também não foi procurado pela empresa que opera a linha, a Viação Paranapuan.
Nesta sexta-feira, o delegado José Pedro da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), prometeu solicitar a prisão preventiva do agressor, Rodrigo dos Santos Freire, e do motorista, André Luís de Oliveira, que, segundo a perícia, dirigia a 32 km/h. Eles responderão por homicídio doloso: “A velocidade não muda minha decisão”.
Sindicato prepara denúncia à prefeitura sobre Paranapuan
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro, Antônio Bustamante, estuda fazer uma denúncia formal contra a Viação Paranapuan, que opera a linha 328 (Bananal-Castelo).
Segundo Bustamante, problemas da empresa com normas de manutenção dos veículos e treinamento inadequado de seus funcionários já haviam sido relatados à prefeitura através de relatórios.
“Os problemas da Paranapuan não se restringem a isso. Também existem denúncias por não pagar direitos trabalhistas e ter feito demissões por justa causa de forma indevida. Estudamos realizar uma denúncia formal. O ideal seria que a prefeitura interviesse, já que está ciente desses problemas”, denunciou.
Agonia similar vivem familiares e amigos dos sete mortos e nove feridos internados pelo acidente com a linha 328 que, ironicamente, tem um motorista de mesmo nome. Ele também não foi procurado pela empresa que opera a linha, a Viação Paranapuan.
Nesta sexta-feira, o delegado José Pedro da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), prometeu solicitar a prisão preventiva do agressor, Rodrigo dos Santos Freire, e do motorista, André Luís de Oliveira, que, segundo a perícia, dirigia a 32 km/h. Eles responderão por homicídio doloso: “A velocidade não muda minha decisão”.
Sindicato prepara denúncia à prefeitura sobre Paranapuan
Segundo Bustamante, problemas da empresa com normas de manutenção dos veículos e treinamento inadequado de seus funcionários já haviam sido relatados à prefeitura através de relatórios.
“Os problemas da Paranapuan não se restringem a isso. Também existem denúncias por não pagar direitos trabalhistas e ter feito demissões por justa causa de forma indevida. Estudamos realizar uma denúncia formal. O ideal seria que a prefeitura interviesse, já que está ciente desses problemas”, denunciou.
Tragédia deixou mortos e feridos em via expressa | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Bustamante garantiu que o Sindicato não medirá esforços para que o motorista André Luís de Oliveira, que ainda não foi procurado pela empresa, receba a assistência devida, já que o mesmo se acidentou em serviço.
Tribunal negou habeas corpus
O Tribunal de Justiça do Rio negou nesta sexta-feira pedido de habeas corpus feito pela advogada do motorista André Luís de Oliveira, Marcia Dias.
A solicitação negada pela juíza Maria Tereza Donatti, da 34ª Vara Criminal, foi considerada injustificada, já que o pedido de prisão preventiva do motorista e do estudante Rodrigo dos Santos Freire, que o agrediu, ainda não foi feito.
Segundo o delegado da 21ª DP, José Pedro da Costa, o pedido só deve ser feito na segunda-feira. Até lá, as testemunhas que encontram-se hospitalizadas e sem condições de prestar depoimentos poderão ser ouvidas, caso apresentem melhora. Entre eles, o motorista e suposto agressor.
Tribunal negou habeas corpus
O Tribunal de Justiça do Rio negou nesta sexta-feira pedido de habeas corpus feito pela advogada do motorista André Luís de Oliveira, Marcia Dias.
A solicitação negada pela juíza Maria Tereza Donatti, da 34ª Vara Criminal, foi considerada injustificada, já que o pedido de prisão preventiva do motorista e do estudante Rodrigo dos Santos Freire, que o agrediu, ainda não foi feito.
Segundo o delegado da 21ª DP, José Pedro da Costa, o pedido só deve ser feito na segunda-feira. Até lá, as testemunhas que encontram-se hospitalizadas e sem condições de prestar depoimentos poderão ser ouvidas, caso apresentem melhora. Entre eles, o motorista e suposto agressor.
Tragédia deixou mortos e feridos em via expressa | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Márcia, que é vinculada ao Sindicato dos Rodoviários e Cobradores do Rio, pretende visitar o seu cliente hoje, pela primeira vez após a cirurgia no fêmur a qual se submeteu na quinta. “Vou tentar conversar com ele pela primeira vez sobre o ocorrido e deixar claro que ele não está desamparado”.
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