terça-feira, 2 de julho de 2013

Estudantes brasileiros conquistam prêmio nos Estados Unidos

Estudantes brasileiros conquistam prêmio nos Estados Unidos

Competição envolveu lançamento de foguetes no deserto do interior de Utah

O DIA
Estados Unidos - Estudantes do Instituto Tecnológica de Aeronáutica (ITA) conquistaram o prêmio de melhor projeto na competição mundial de foguetes universitários, a Intercollegiate Rocket Engineering Competition (8º IREC). O evento, que terminou no último dia 22 na cidade de Green River, Utah (EUA), reuniu alunos de 25 universidades dos Estados Unidos, Canadá, Índia e Turquia, além do Brasil.
Estudantes do ITA conquistaram prêmio de melhor projeto de foguete
Foto:  Divulgação

O objetivo da competição é projetar e construir um foguete de sondagem e lançá-lo com o máximo de precisão e tecnologia. Os competidores são avaliados por especialistas do mais alto padrão técnico, como, por exemplo, ex-engenheiros da indústria aeroespacial americana da NASA e SpaceX.
Segundo Henrique da Mata, um dos integrantes da equipe de alunos do ITA, a IREC possui duas categorias. Na básica, o foguete deve atingir, com a maior precisão possível, a altitude de pico de aproximadamente 3 km. Já na avançada, deve atingir cerca de 7,5 km. Além disso, os veículos devem levar uma carga útil de 4,5 kg e, após o voo, ser recuperados em segurança no solo, por meio de um sistema de paraquedas, que permita um novo lançamento.
Os dois times que atingem a maior pontuação em cada módulo ganham bônus em dinheiro e um troféu, além do prêmio "Jim Furfaro Award for Technical Excellence" para o projeto de maior destaque, que esse ano foi conquistado pelos brasileiros.
A elaboração do projeto vencedor teve duração de dez meses e custou cerca de 60 mil reais. O foguete pesava 18 quilos, tinha 2 metros de comprimento e foi batizado de Dumont, em homenagem ao inventor brasileiro pioneiro da aviação, Santos Dumont. A equipe recebeu o apoio financeiro de algumas instituições nacionais.
Para o astrônomo Dr. João Batista Canalle, eventos como esse surgem para incentivar universitários e pós-graduados a mostrarem seus trabalhos no Brasil e no exterior.
- Estamos com um déficit na área de Ciências Espaciais. Precisamos de mais profissionais e pesquisadores. Porém, é necessário um considerável aumento no investimento e a criação de parcerias público-privadas. O resultado será mais projetos tecnológicos, incubadoras de empresas e competições científicas – argumenta Canalle, que é coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Nesse intuito, a OBA realiza todo ano a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). O objetivo é fomentar nos jovens dos ensinos fundamental e médio o interesse pela ciência no Brasil. O evento avalia a capacidade deles em construir e lançar foguetes, mas feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante. “Deveríamos, no entanto, ter no país competições de conhecimento mais avançada”, diz.


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