Rio -  Em meio ao clima de apreensão que toma conta do Horto Florestal, no Jardim Botânico, Zona Sul, na manhã desta quinta-feira, moradores pediram assistência dos policiais do 23ºBPM para remover uma mulher grávida que estava passando mal. Uma viatura à levou para o Hospital Miguel Couto.
Dois carros da PM e dois da Polícia Federal estão de prontidão na Rua Pacheco Leão, em uma das entradas para o Horto Florestal. A força policial foi enviada para garantir o cumprimento de um mandado de reintegração de posse do terreno, pertencente ao Jardim Botânico, onde vivem dezenas de moradores. O prazo dado pela Justiça para desocupação das casas era até a manhã de ontem. 
Moradores armaram uma barricada com trocos e pedras para impedir a entrada de carros no principal acesso para Horto, após a sede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Segundo informações de uma moradora do local, um trator está sendo usado para remover a barrigada.  
Moradores esperaram pela polícia, mas desocupação não foi feita | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Moradores esperaram pela polícia debaixo de chuva, nesta quarta-feira, mas desocupação não foi feita | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
História da comunidade
A ocupação da área do Horto Florestal, hoje pertencente à União Federal, data do ano de 1808, quando o então Rei Dom João VI desapropriou o Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, que funcionava no local, para a construção de uma fábrica de pólvora.
Em 1811, foram erguidas vilas para a instalação dos trabalhadores da fábrica, em virtude de o local ser considerado de difícil acesso. Com a transferência da fábrica para Raiz da Serra, aos pés da serra de Petrópolis, na Região Serrana, a área foi desmembrada e alienada. Com isso, muitas casas de antigos funcionários foram cedidas, já no século 20, a funcionários do Jardim Botânico.