Rio -  O déficit de acomodações é um dos desafios que a cidade do Rio de Janeiro enfrentará este ano. O primeiro grande teste ocorrerá em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, com a previsão da vinda de 2,5 milhões de pessoas. A realização da Copa das Confederações e do Rock in Rio, eventos que também atrairão grande quantidade de jovens, torna urgente a criação de alternativas viáveis para acomodar este contingente. No primeiro debate público da Frente Pró-Hostels realizado na Câmara deVereadores, com a presença de mais de 70 empresários, ficou clara a necessidade da promoção de mudanças na legislação para o desenvolvimento do setor e a regulamentação da venda de produtos, que segundo eles, impede melhorias na prestação de serviços aos hóspedes.
De acordo com o Sindrio, há, no município, cerca de 100 hostels, também denominados albergues. A transformação de mais zonas residenciais em turísticas poderá reduzir a informalidade no setor e possibilitar a criação de novos empreendimentos. Por outro lado, é necessário estabelecer regras para mitigar conflitos com a vizinhança, como os relativos a festas – um dos principais atrativos dos hostels -, alvos permanentes de reclamações e de multas. Para facilitar o entendimento da legislação, solicitei àprefeitura que disponibilize, via internet, o georeferenciamento do zoneamento urbanístico da cidade.
E, para dar mais divulgação aos hostels, sugeri ao poder executivo municipal a instalação de quiosques informativos em áreas estratégicas para o público alvo, como a Rodoviária Novo Rio. A questão das acomodações precisa ser debatida, como parte do esforço para transformar a Cidade Maravilhosa num dos destinos mais procurados por estrangeiros. É fundamental, porém, bom senso para que o desenvolvimento da metrópole não afete a qualidade de vida do carioca, o cidadão mais feliz do planeta.
Vereador pelo PP-RJ